Creatina Para Pele e Cabelo: Nova Moda Vale a Pena ou É Só Mais Um Hype?
FEBRE NEWS
7/24/20253 min read
Por um especialista em nutrição funcional e suplementação esportiva
A creatina sempre foi associada ao ganho de massa muscular, força e performance atlética. Mas recentemente, ela vem ganhando espaço em um novo território: a estética.
Vídeos no TikTok e no Instagram vêm bombando com promessas como:
“Creatina faz o cabelo crescer mais rápido”,
“Creatina deixa a pele mais firme e bonita”,
“Pele de academia com apenas um suplemento.”
Mas afinal, existe mesmo benefício estético no uso da creatina? Ou isso é só mais um modismo da internet disfarçado de ciência?
Neste artigo, vamos analisar o que há de verdade por trás da nova tendência da creatina para pele e cabelo, o que a ciência já investigou e se vale a pena investir com esse foco.
O que é creatina e como ela funciona no corpo?
A creatina é uma substância naturalmente produzida pelo nosso corpo e também encontrada em alimentos como carne vermelha e peixe. Ela atua principalmente como fonte rápida de energia celular, especialmente nos músculos.
Por isso, ela é um dos suplementos mais estudados e eficazes quando o assunto é força, hipertrofia e desempenho em treinos de alta intensidade.
Mas o que poucas pessoas sabem é que a creatina também está presente em outras células do corpo — inclusive na pele e nos folículos capilares.
O que a ciência diz sobre creatina para pele e cabelo?
Estudos recentes (alguns ainda em fase inicial) sugerem que a creatina pode ter sim efeitos benéficos sobre tecidos não musculares, como:
✅ Pele – a creatina parece contribuir para a proteção contra o estresse oxidativo e raios UV, melhorar a hidratação e estimular a renovação celular, o que pode trazer uma aparência mais firme e viçosa.
✅ Cabelo – ainda há poucos dados sólidos, mas há hipóteses de que a creatina ajude a fortalecer os folículos capilares, principalmente quando combinada com alimentação adequada e controle de estresse.
Além disso, como a creatina favorece a melhora da função celular, ela pode indiretamente beneficiar tecidos que se regeneram com rapidez, como pele, unhas e cabelo.
Importante: os estudos com foco estético ainda são poucos, e a maioria dos benefícios é secundária — ou seja, consequência da melhora geral no metabolismo e energia celular.
Mas tomar creatina só para a pele e cabelo vale a pena?
Se você já treina ou tem algum foco em saúde muscular, a creatina faz total sentido — e os benefícios estéticos podem vir como bônus.
Agora, se você não treina, não tem déficit de creatina e busca apenas efeitos estéticos imediatos, o resultado pode ser mínimo ou nulo.
A creatina não é colágeno, não é vitamina para cabelo e não substitui cuidados tópicos, alimentação e sono.
Cuidados com modismos nas redes sociais
A moda de tomar creatina para pele e cabelo não surgiu na medicina, nem na nutrição funcional — mas nos trends do TikTok.
Isso não significa que seja totalmente falso, mas é preciso cautela.
A creatina age de dentro para fora, de forma gradual e indireta. Se usada como “milagre estético”, pode gerar frustração.
Além disso, o uso sem orientação pode causar:
Inchaço leve (retenção intracelular)
Sobrecarregar os rins em pessoas com histórico de doenças renais
Confusão com outros suplementos (como colágeno, biotina ou ácido hialurônico)
Como usar a creatina com segurança?
A dose padrão recomendada é de 3g a 5g por dia, preferencialmente com uma refeição rica em carboidrato simples (para melhor absorção).
A creatina não precisa de ciclo e deve ser tomada todos os dias — inclusive em dias sem treino. Os efeitos estéticos, se vierem, são lentos e sutis.
Conclusão
A creatina tem potencial estético? Sim, mas de forma secundária e indireta.
O uso consciente e com orientação pode ajudar a melhorar a saúde da pele e cabelo, especialmente se vier acompanhado de treino, boa alimentação, hidratação e descanso.
Não é milagre. Mas pode ser parte da solução.
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