Ozempic e Emagrecimento: Riscos, Efeitos Colaterais e Verdades Que Você Precisa Saber
EMAGRECIMENTO
7/3/20252 min read
Por um profissional de Educação Física com abordagem multidisciplinar
Nos últimos anos, o uso do Ozempic (semaglutida) como alternativa para emagrecimento ganhou popularidade entre influenciadores, celebridades e até entre pacientes que sequer têm diagnóstico de diabetes tipo 2 — seu uso original. A promessa é tentadora: menos fome, perda rápida de peso e um corpo mais magro em poucas semanas. Mas o que a maioria das pessoas não sabe (ou prefere ignorar) são os riscos e efeitos colaterais que acompanham esse tipo de abordagem medicamentosa.
O Ozempic é um medicamento injetável desenvolvido para controle da glicemia em pacientes com diabetes tipo 2. Ele atua imitando um hormônio chamado GLP-1, que estimula a produção de insulina e reduz o esvaziamento gástrico, o que dá uma sensação prolongada de saciedade. É exatamente por esse efeito secundário que muitas pessoas passaram a usar a substância com a finalidade de emagrecer — mesmo sem orientação médica, sem indicação formal e muitas vezes com doses erradas.
Sim, o Ozempic pode emagrecer. Mas a que custo? É aí que mora o perigo.
Ao usar Ozempic para fins estéticos, o corpo sofre alterações significativas, e nem todas são benéficas. Além da redução de apetite, os efeitos colaterais mais comuns incluem enjoos, vômitos, constipação, refluxo e perda de massa muscular. Isso mesmo: muitas pessoas perdem peso, mas perdem músculos junto, o que compromete a saúde metabólica, reduz o gasto calórico natural e, ironicamente, prejudica o emagrecimento a longo prazo.
Além disso, há um ponto crítico: o “efeito rebote”. Ao interromper o uso do Ozempic, a maioria dos pacientes volta a sentir fome intensa, recupera peso rapidamente e, pior, com mais gordura do que músculo. Isso acontece porque o medicamento não ensina o corpo a comer melhor — apenas o anestesia temporariamente. Sem reeducação alimentar, sem mudança de comportamento, o resultado é uma falsa sensação de progresso seguida de frustração.
Entre os riscos mais sérios, que merecem total atenção, estão:
• Inflamação do pâncreas (pancreatite);
• Hipoglicemia, especialmente quando combinado com outros medicamentos;
• Náusea crônica e desidratação;
• Possível associação com problemas renais e tireoidianos em estudos de longo prazo.
É por isso que nenhum profissional ético recomenda o uso de Ozempic para fins exclusivamente estéticos sem acompanhamento médico rigoroso e suporte multidisciplinar com nutricionista e educador físico. Em muitos casos, o que você precisa para emagrecer não é de um medicamento caro e arriscado, mas sim de uma estratégia alimentar inteligente, atividade física regular e um plano estruturado que respeite o seu corpo.
Se o seu foco é emagrecer com saúde, constância e manter os resultados a longo prazo, vale muito mais a pena investir em organização e hábitos consistentes do que em soluções rápidas que colocam sua saúde em risco.
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